DONO DE LOJA DE ROUPAS É SUSPEITO DE ESTUPRAR MULHERES DENTRO DE PROVADOR


A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o dono de uma loja de roupas por suspeita de estuprar mulheres em Belo Horizonte. Até o momento, há cinco boletins de ocorrência registrados contra ele.
Mais de 50 vítimas relataram, nas redes sociais, abusos sofridos no interior de uma loja femininas no centro da capital. Segundo a polícia, o primeiro caso investigado foi denunciado em 2017. As informações são do portal G1.

Na ocasião, segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), uma jovem que tinha 18 anos relatou que marcou uma entrevista de emprego com o suspeito. Segundo o depoimento da vítima, durante a conversa, ela teve o cabelo puxado, foi beijada à força e mordida.

Constrangida, a vítima contou o que aconteceu para os pais dela e fez a denúncia às autoridades. Em 2017, o suspeito procurou a polícia para prestar esclarecimentos sobre o fato denunciado.

O movimento de denúncias começou a aumentar após uma adolescente compartilhar um relato e dar origem ao movimento “#ExposedBH”.

A estudante Maria Eduarda Amaral, de 20 anos, que deu origem ao movimento "#ExposedBH", em junho deste ano, viu a postagem da amiga e decidiu compartilhá-la em solidariedade.

“Quando postei no meu Instagram, outra amiga minha disse que também havia sido abusada por ele. Eu fiquei assustada porque, só no meu círculo social, eram duas vítimas. Fiz a exposição e postei nos stories. Depois disso, várias meninas começaram a me chamar, muitas mesmo. Os casos são parecidos, de entrar no provador e passar a mão nelas. Foram mais de 50 relatos”, contou a estudante Maria Eduardo Amaral, de 20 anos.

De acordo com outro relato, a vítima recebeu uma mensagem da loja oferecendo uma parceria. A proposta era que ela fosse modelo das peças e receberia um biquíni como pagamento.

Por volta das 18h30, segundo a moça, ele pediu que ela vestisse o biquíni, diferentemente do que havia sido combinado antes.

“Eu estava dentro do provador. As funcionárias tinham ido embora. Fiquei sozinha na loja com ele, mas eu não estava sabendo. Coloquei o biquíni, ele abriu a cortina e começou a passar a mão em mim. Fiquei desconfortável. Ele falou que o biquíni era meu e que eu já podia sair. Quando vesti minha roupa, vi que não tinha funcionária mais lá. Ele me imobilizou, segurou meus braços e começou a me beijar à força, com meus braços imobilizados para trás. Pedi para sair. Ele falou pra eu não gritar, mas eu gritei. Como tem outras lojas em volta, ele me soltou”, relatou outra estudante, também de 20 anos.

Fonte: Tribuna Online


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