PASTOR SUSPEITO DE ESPANCAR, TORTURAR E ABUSAR DO ENTEADO AUTISTA DE 13 ANOS EM SÃO JOSÉ DO CALÇADO É PRESO EM BOM JESUS DO NORTE

Veja o vídeo da reportagem do ESTV 1

Está preso o principal suspeito de ter agredido um adolescente autista, de 13 anos, em São José do Calçado, no Sul do Espírito Santo. Ele se apresentou à polícia na Delegacia de Bom Jesus do Norte, nesta quarta-feira (26/05/2021). A vítima foi internada nesta segunda-feira (24) após ser encontrada pelo Conselho Tutelar com ferimentos por todo o corpo. O garoto é enteado do suspeito. 

Segundo informações da Polícia Civil, as investigações que começaram na segunda (24) demonstraram que o padrasto, de 42 anos, era o autor das agressões e foi pedido o mandado de prisão preventiva contra ele.

Com estas informações, o delegado Sandro de Oliveira Zanon, em negociação com a defesa do investigado, conseguiu que ele se apresentasse na Delegacia de Bom Jesus do Norte, onde foi cumprido o mandado de prisão.

O acusado é investigado pela prática do crime de tortura e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro, onde ficará à disposição da Justiça. De acordo com a Polícia Civil, a pena privativa de liberdade prevista para o crime varia de dois anos e quatro meses a 10 anos e oito meses de reclusão, tratando-se de crime equiparado a hediondo.

RELEMBRE O CASO:

PASTOR SUSPEITO DE ABUSAR, ESPANCAR E TORTURAR ENTEADO DE 13 ANOS EM SÃO JOSÉ DO CALÇADO ESTÁ DESAPARECIDO; MÃE DA CRIANÇA TEME QUE TAMBÉM PODE SER PRESA

Veja o vídeo da reportagem da TV GAZETA

Um menino de 13 anos foi internado nesta segunda-feira (24) após ser encontrado pelo Conselho Tutelar com ferimentos por todo o corpo em São José do Calçado, no Sul do Espírito Santo. Segundo a Polícia Civil, o padrasto do adolescente é o principal suspeito de ter agredido a vítima. A mãe do menino confessou à polícia que sabia das agressões, mas era coagida pelo companheiro a não denunciar o crime.

Segundo o titular da Delegacia de São José do Calçado, Sandro Zanon, o conselho tutelar da cidade recebeu denúncias e enviou uma equipe à casa da família. Chegando ao local, encontrou o menino com vários ferimentos pelo corpo.

O adolescente, segundo a polícia, é autista e é hiperativo. Acompanhado da mãe, de uma conselheira tutelar e da Polícia Militar, o menino de 13 anos foi hospitalizado no município de São José do Calçado. De acordo com boletim de ocorrência da PM, o menino contou à conselheira que o padrasto o feria com choques e o mantinha amarrado.

“A mãe já foi ouvida e, quanto ao padrasto, aguardamos exames e estamos fazendo diligências. O padrasto é o principal suspeito. Mas para a oitiva, precisamos de mais especificidades do caso para ouvi-lo”, disse o delegado.

Depois que o adolescente foi levado para o hospital, o padrasto dele não foi mais localizado na casa onde a família vive. A médica que examinou a vítima encontrou lesões na cabeça, pescoço, costas e braços do menino, além de ferimentos no órgão genital.

A equipe médica também identificou um quadro de anemia no garoto. A Polícia Civil aguarda o resultado de exame de conjunção carnal para saber se o menino foi ou não abusado sexualmente. “Há indícios de tortura, mas depende da confirmação do exame feito no Serviço Médico Legal de Cachoeiro, para onde ele foi encaminhado hoje, mas pelo que vimos é bem característico de tortura e submissão a um sofrimento intenso”, contou o delegado.

Segundo registro da Polícia Militar, a mãe do menino alegou inicialmente à conselheira tutelar que atendeu o caso que os ferimentos do menino eram resultados de uma queda em um buraco. Chegou a dizer também que outras crianças haviam batido no menino e até que ele mesmo se feria. Porém, ao delegado, a mãe admitiu saber das agressões do companheiro contra seu filho. “Investigaremos se ela foi realmente coagida ou se ela se omitiu quanto à proteção do filho”, disse.

Segundo o Conselho Tutelar de São José do Calçado, o caso segue sob sigilo e a vítima está sendo acompanhada. Outras informações não serão divulgadas no momento. O nome do padrasto suspeito das agressões contra o adolescente não está sendo divulgado para preservar a vítima.


Fonte: A GAZETA

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