POLICIAL CIVIL DENUNCIADO POR FRAUDE, LAVAGEM DE DINHEIRO E AGIOTAGEM É PRESO EM OPERAÇÃO DO GAECO DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM BOM JESUS DO ITABAPOANA


Denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, agiotagem e fraude à licitação, foi preso na manhã desta segunda-feira (06/06/2022), o policial civil Fabrini Costa Alves, durante uma operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do RJ.

De acordo com a denúncia, dissimulou a utilização de bens e valores provenientes das infrações penais, adquiriu, recebeu, negociou e transferiu a propriedade de bens em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense.

O policial também teria uma graduação em medicina fraudulenta pela Universidade de Nova Iguaçu (Unig). Os promotores descobriram uma incompatibilidade geográfica e temporal, já que para o curso de medicina, que é em tempo integral, é incompatível com a atividade policial.

No período do curso, em 2016, quando ele teria iniciado a faculdade em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, o policial esteve lotado em Bom Jesus do Itabapoana (Noroeste Fluminense), Campos dos Goytacazes e Italva (Norte Fluminense).

Durante as investigações, os promotores revelaram que Fabrini era sócio de inúmeras empresas, possuía veículos luxuosos e residia em uma casa de alto padrão localizada na esquina do Fórum na Av. Olímpica, no Centro de Bom Jesus do Itabapoana.

Segundo os promotores, ele esquematizou uma série de fraudes ao longo de dez anos. Todas com a intenção de aumentar seu patrimônio, que é incompatível com seus ganhos como policial.

Fabrini ainda manipulou parentes e pessoas próximas e se valeu de negociatas escusas. A maioria das empresas do policial civil e de seus parentes era considerada de fachada.

Além da prisão do policial, a operação cumpre mandados de busca e apreensão em 11 endereços ligados a Fabrini.

Um deles foi na sede da Prefeitura Municipal de Bom Jesus do Itabapoana, em busca de documentos relativos a um show do cantor Gusttavo Lima realizado em 2017. 

Os agentes foram recebidos por servidores da prefeitura que se colocaram à disposição das autoridades e, explicaram que a apresentações nada teve a ver com a administração atual (iniciada em 2021).

Além disso, o show feito no parque de exposições da cidade foi contratado por empresa privada com cobrança de ingressos.

Blog Alan Gonçalves / Com informações: G1 - MPRJ

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