MOTORISTA DE KOMBI ESCOLAR MORRE E PAIS DENUNCIAM MÁS CONDIÇÕES NO SERVIÇO NO ESPÍRITO SANTO

 
Uma Kombi escolar, terceirizada pela prefeitura de Mantenópolis, capotou na ES 164, no trecho de serra no município do Noroeste do Espírito Santo, no último dia 8 de fevereiro. A motorista do veículo, Renata Gonçalves de Sousa, de 32 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no último domingo (19), no hospital.

Ocorre que momentos antes do acidente, ela havia mandando mensagens no grupo de pais de alunos para avisar que não conseguiria levar as crianças para a escola devido a problemas no veículo. O acidente acendeu um alerta para os pais.

Segundo os pais, Renata transportava diariamente cerca de 40 alunos da zona rural para a sede da cidade. No entanto, no dia do acidente, ela não fez nenhuma das linhas e estava sozinha quando a Kombi capotou.

Em um áudio que ela enviou para um grupo de pais, a motorista disse que a Kombi que ela dirigia havia apresentado um “probleminha”.

“Bom dia as mãezinhas do grupo. Estou passando para informar a vocês que aconteceu um probleminha com a Kombi, e até agora eu não consegui sair para fazer minha linha de Santa Luzia. Acredito que não vai ter transporte hoje para fazer a creche porque vai dar 6h40 e, acredito que até às 7 horas não vai aparecer ninguém aqui para resolver esse problema”, disse Renata no áudio.

Daniela Cristi de Oliveira Araujo de Laia, de 27 anos, mãe do pequeno José Henrique, de um ano e 11 meses, trocou mensagens com Renata após receber o áudio. O filho dela era uma das crianças que fazia o trajeto da localidade São José até a creche diariamente, sempre levado pelo motorista.

“Eu mandei mensagem para ela perguntando se ela conseguiria buscar as crianças pelo menos. Ela disse que achava que sim, que já teria resolvido até lá, mas que iria avisar. Foi a última vez que falei com ela”, conta.

Outra mãe, que preferiu não ser identificada, também tinha filhas, de 12 e 16 anos, que eram transportadas pela motorista na mesma Kombi do acidente. Na manhã do capotamento, a mais nova das meninas iria com Renata para a escola. Para ela, a motorista ter evitado realizar o serviço foi um livramento.

Fonte: A Gazeta ES

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