INTERSEXO: MULHER DE IÚNA ENGRAVIDA MESMO TENDO PÊNIS


Luiza Freitas nasceu algumas vezes na vida. A primeira foi em novembro de 1978. Naquele dia, no hospital de Iúna, a mãe, que não tinha realizado pré-natal durante a gravidez, descobriu, na hora do parto, que seu bebê era diferente dos outros.

A criança nasceu com os órgãos e sistemas reprodutivos de ambos os sexos bem formados, incluindo vagina, pênis, útero, ovário e testículos. Era uma criança intersexo, assunto que não se discutia na época.

“Meu cariótipo é 46,XX/46,XY, um caso raro de ambiguidade genital, em que todos os órgãos sexuais são funcionais. Mas como o masculino era mais protuberante, os médicos me consideraram menino. Fui registrada como Eli Luiz de Freitas e criada como garoto”, conta .

Aos nove anos ela nasceu pela segunda vez. Foi nesta idade que se reconheceu pela primeira vez como menina. “Gostava de passar batom, pegava as roupas da minha mãe, mas meus pais não aceitavam”.

Sofreu todos os tipos de preconceitos. Na escola foi xingada, na cidade foi apedrejada na única praça do local. Até que aos 13 anos começou a transição de gênero. Morria Eli Luiz de Freitas, nascia Luiza.

Entenda a diferença entre hermafrodita e intersexual

Frequentou a universidade, trabalhou na área artística, namorou, teve dois abortos espontâneos, até que se tornou mãe – tendo tanto os órgãos femininos quanto os masculinos no momento do parto, uma cesárea.

Durante 37 anos ela guardou sua história para si. Às vésperas do Dia Internacional da Visibilidade Intersexo, comemorado dia 26 de outubro, ela decidiu tornar público tudo o que viveu, com o objetivo de, talvez, ajudar pessoas como ela. Na entrevista a seguir, Luiza relembra suas dores, fala sobre a alegria de ser mãe, seus arrependimentos e como se tornou uma mulher que nasceu várias vezes nesta vida.

Entenda a diferença entre hermafrodita e intersexual

Frequentou a universidade, trabalhou na área artística, namorou, teve dois abortos espontâneos, até que se tornou mãe – tendo tanto os órgãos femininos quanto os masculinos no momento do parto, uma cesárea.

Durante 37 anos ela guardou sua história para si. Às vésperas do Dia Internacional da Visibilidade Intersexo, comemorado dia 26 de outubro, ela decidiu tornar público tudo o que viveu, com o objetivo de, talvez, ajudar pessoas como ela. Na entrevista a seguir, Luiza relembra suas dores, fala sobre a alegria de ser mãe, seus arrependimentos e como se tornou uma mulher que nasceu várias vezes nesta vida. E isso teria acabado comigo.

Fonte: A Notícia

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