COVARDIA: CADELA ESPANCADA, ACORRENTADA, ABANDONADA JUNTO DE MAIS 3 CÃES EM PIÚMA; VEJA O VÍDEO

Veja o vídeo

Vários moradores do bairro onde o crime ocorreu entraram em contato com o jornal fazendo um apelo para que os animais sejam adotados.

Uma das cadelas levou uma pancada na cabeça e acabou perdendo a visão. Um olho estava com mais de 300 bichos, magra, assustada e faminta, ao ser encontrada, já foi adotada por uma senhora do bairro que a batizou de Francisca de Oliveira, em homenagem ao santo protetor dos animais, Francisco de Assis. Chamada agora de Chiquinha, a cadela está se recuperando bem.

O caso chegou ao jornal através de moradores que estão indignados com o crime.

Revoltada com a situação do abandono aos animais uma das moradoras fez o registro na Polícia Civil de um Boletim de Unificado – BU e aguarda o cumprimento da lei.

A família se mudou da residência para Cachoeiro de Itapemirim e não avisou a ninguém, nem mesmo a proprietária do imóvel que havia deixado quatro cães marrados.

Um dos rapazes do Sítio subiu e ao chegar à casa encontrou os cães estavam presos e essa cadela estava quase à morte. “Deram uma pancada no olho da cadela e o olho deu bicho. Tinha 300 bichos. Ela perdeu uma vista. Eu tratei dela e estou cuidando. Agora ela está uma gracinha. Tem comida especial, tem a casinha. Eu fiquei com ela para mim. Eu chorei quando o rapaz cantou para chegar perto dela. Ele cantou uma música para ela e a cadela se acalmou. Ela estava com tanto medo que ela se afastou dele. Ele a trouxe no colo, toda com mal cheiro, estava uma coisa que eu nunca vi. Osso e pele, igual esta, eu nunc a vi. Eu coloquei o nome dela de Chiquinha, por causa de São Francisco de Assis, eu acredito que foi ele que ajudou a gente a encontrar”, contou a senhora que adotou a cadela doente.   

Dá cadeia

Sabendo que abandono e maus tratos a animais atualmente têm punição e cabe até cadeia, uma das moradoras fez um Boletim Unificado – BU na Polícia Civil – PC e denunciou a mulher que era responsável pelos animais.

Informações da Polícia Civil dão conta de que toda pessoa que souber de maus tratos a animais deve fazer a denúncia no 181, ou registrar o BU online, e se desejar ir pessoalmente a delegacia, o caso é investigado e o responsável punido na forma da lei.

A lei

No último dia 29 de setembro, o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro sancionou a Lei 1.095/2019 que aumenta a punição para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais. A pena que antes era de 3 meses a 1 ano e multa, vai de 2 a 5 anos de prisão, além de multa e a proibição de guarda de novos bichos.

De acordo com a advogada Renata Cerutti, colunista do jornal, a pena anterior era insuficiente e gerava uma sensação de impunidade ao agressor, o que levava a reincidência e a pensamentos como os de “não vai dar em nada”.

“Sabemos que sempre houve maus-tratos, agressões e mutilações, como a do nosso amigo Sansão, que teve suas duas patas traseiras cortadas e foi inspiração para o nome da Lei. Entretanto, hoje todo mundo possui um celular que grava vídeos, e, com o fomento das redes sociais, vídeos onde animais são maltratados geram muita repercussão e junto com ela um sentimento de “buscar justiça”. Sentimento esse que é muito válido, dentro da legalidade. Deve-se deixar claro que somente os crimes cometidos a partir de então serão punidos com a nova lei. Isso ocorre porque a lei não retroage, ou seja, não volta no tempo para alcançar crimes cometidos no passado. Ainda temos uma estrada para percorrer, já que a lei sancionada só engloba cachorros e gatos, mas um passo foi dado e, embora seja uma caminhada longa, estamos no caminho certo”.

A aprovação da Lei 1.095/2019 é um grande indicativo de reformas e reajustes nas penas empregadas em demais crimes. Isso porque, já se iniciou uma discussão sobre a desproporcionalidade entre a prática de maus tratos e delitos cometidos contra humanos. Mas isso é cena para próximos capítulos, adverte Renata Cerutti.

Fonte: Espírito Santo Notícias