CASO DO POLICIAL QUE FOI ASSASSINADO A TIROS PELA EX-ESPOSA EM BOM JESUS DO ITABAPOANA: JUSTIÇA CONVERTE PRISÃO DE FLAGRANTE DA PM PARA PREVENTIVA


A Justiça do Rio converteu a prisão em flagrante da cabo Kelly Monique Lopes Caraline de Almeida, de 37 anos, lotada no 29º BPM de Itaperuna, acusada de matar a tiros o ex-marido, o também PM Fábio da Rocha Corrêa, de 45, para preventiva. A vítima, que era subtenente e estava lotado no 36º BPM de Santo Antônio de Pádua, foi morta a tiros entre a noite de sexta-feira (10/06/2022) e a madrugada de sábado (11/06/2022). O crime aconteceu no Vale do Ipê, um condomínio de chácaras em Bom Jesus do Itabapoana, na Região Noroeste do Estado.

Em depoimento, um dos agentes que foi acionado para o local disse que, ao chegar lá, a cabo Kelly, afirmou que “homens encapuzados num Citroen de cor prata e placa não identificada haviam passado em frente ao portão e efetuado disparo contra a vítima”. Na ocasião, segundo o depoimento, a policial insistia para que a patrulha deixasse o local e fosse atrás do veículo.

A namorada do subtenente afirmou que os dois estavam juntos, retirando malas de dentro do carro, na frente da casa dele, quando ouviu uma mulher chamando no portão. Corrêa disse que era sua ex-companheira e que não queria atender. Ele acabou indo ao portão e perguntou o que ela queria. A ex-mulher lhe pediu para abrir o portão, mas ele negou e afirmou que “não tinha nada para conversar com ela”. Kelly respondeu que ele teria um grande problema. Em seguida, a namorada ouviu um barulho de tiro, e Corrêa gritando de dor.

Ela foi até o banheiro e ligou para a polícia, informando que seu namorado era policial e havia sido baleado. Contou ainda ter sido ameaçada por Kelly, que teria colocado uma arma em sua cabeça. Perguntada, no depoimento, sobre como tem certeza de que o tiro foi disparado por Kelly, a mulher disse que só havia os três no local no momento. Além disso, segundo ela, a própria exigência de que não contasse à polícia que ela é a autora dos disparos seria uma confissão.

À PM, a policial confessou que foi a responsável pelo tiro que matou o ex-marido. Mas afirmou que agiu “instintivamente” porque o homem teria sacado a arma como se fosse atirar. Segundo ela, seu objetivo era acertar a perna do subtenente. Ferido na barriga, o PM ainda foi levado ao hospital, mas morreu em decorrência dos ferimentos.

Em nota, a PM disse que “o 36ºBPM (Santo Antônio de Pádua), unidade de lotação do policial militar vitimado, está prestando apoio à família da vítima”. Ainda de acordo com a corporação, “o local do fato foi isolado para perícia do Centro de Criminalística da Polícia Militar (CCrim). A policial detida prestou depoimento na 6ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e foi conduzida para a Unidade Prisional da PMERJ”. O caso é investigado pela 143ª DP de Itaperuna.

Fonte: Jornal Extra

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