DIVULGAÇÃO DE LISTA DA CEPERJ CAUSA IDGNAÇÃO E REVOLTA EM PESSOAS QUE NUNCA SE ENVOLVERAM EM CORRUPÇÃO EM BOM JESUS DO ITABAPOANA; SERVIDORES SE DEFENDEM DE ATAQUES MALDOSOS

Veja o vídeo da live do Blog Alan Gonçalves

As redes sociais de Bom Jesus do Itabapoana ficaram bastante movimentadas ao longo desta quarta-feira (24/08/2022), após a divulgação de uma lista de Servidores do Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj).

Na lista divulgada consta nome, número de CPF e remuneração de cada uma pessoa.

Servidores que nunca se envolveram em corrução, ficaram indignados e se manifestaram em defesa do próprio nome e da honra após serem julgadas pelas redes sociais.

No final da tarde de hoje (24/08), o Blog Alan Gonçalves teve uma live com o Luciano Egídio, Markin Capoeira e com o Rafael Messias, que se defenderam das acusações levianas que vem sendo propagada nas redes sociais.

O assunto que é de repercussão em várias cidades do estado, provocou o Cláudio Castro, candidato do PL a reeleição para o governo do Rio de Janeiro, que disse em entrevista ao g1 nesta quarta-feira (24/08), admitindo problemas em contratações de pessoas para projetos do Centro de Estudos e Pesquisas do Estado (Ceperj). Contudo, segundo ele, o "erro de poucos está prejudicando milhares de pessoas".


"Eu não neguei em momento algum que tem problema (...) Tem problema sim e a gente tem que punir quem errou. Eu me comprometo que em 15 dias nós vamos entregar um relatório com todas essas pessoas que erraram. Eu vou mandar o PAD e enviar todas essas pessoas para o Ministério Público", prometeu o candidato.

Atualmente o Ceperj está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Procuradoria Eleitoral. Cerca de 18 mil pessoas foram contratadas pelo órgão com a autorização para receberem seus salários na boca do caixa, com ordem bancária, ou por meio de recibo de pagamento autônomo (RPA).

O caso ficou conhecido como "cargos secretos", já que a nomeação das pessoas não era publicada no Diário Oficial. As formas de pagamento adotadas, segundo o MP, dificultam a rastreabilidade e facilitam a lavagem de dinheiro.

Sobre as contratações do Ceperj sem transparência, Castro disse que o modelo adotado foi uma maneira de "fugir" das Organizações Sociais (OSs).

"O Ceperj foi uma maneira de tentar fugir das OSs, que são as Organizações Sociais, que ao longo da história sempre causaram problema (...) Não fui eu que inventei essa maneira de contratação", se defendeu.

"Quando a gente teve condições de fazer os programas sociais nós buscamos dentro do próprio governo, para que a gente não precisasse contratar as OSs. E o Ceperj foi uma solução. A Fundação Ceperj há 30 anos paga da mesma forma", argumentou Castro.

O candidato a reeleição ao governo do Rio também afirmou que as suspeitas de irregularidades já eram conhecidas entre os gestores antes das denúncias se tornarem públicas.

"Já era algo que estávamos vendo que não era correto (...) Eu não to dizendo que não tiveram erros, eu não estou me escondendo dos erros. O que eu to falando é que a gente botou a mão na massa para fazer pelo povo", acrescentou Castro, depois de reafirmar a qualidade dos projetos do Ceperj.

Além da suspeita de empregar uma série de funcionários que não atuam na fundação ou atuam em duplicidade de órgãos, o que é ilegal, o Ceperj também é investigado por autorizar pagamentos em espécie, em caixas eletrônicos, o que, segundo o MP, é proibido e um indício de fraude.

Ao todo, mais de R$ 220 milhões em espécie foram sacados em caixas eletrônicos por pessoas contratadas pelo Ceperj.

Em uma das denúncias apresentadas pelo RJ2, um funcionário disse que durante o tempo em que recebeu salário do Ceperj atuava como cabo eleitoral do deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL), atual líder do governo Cláudio Castro (PL) na Alerj.

O funcionário confirmou também que era obrigado a devolver parte do dinheiro que recebia como salário, o que caracteriza a prática conhecida como rachadinha. Outro funcionário fez o mesmo tipo de denúncia contra o deputado estadual Alexandre Knoploch (PSC), outro aliado do governador.

Questionado sobre as suspeitas de rachadinha com dinheiro do Governo do Estado, Cláudio Castro disse não saber sobre a prática ilegal.

"Eu não tenho como saber. Mas nós estamos investigando e cada pessoa será punida", comentou Castro.

Ainda sobre os possíveis 'cargos secretos' do Ceperj, o candidato do PL disse que os projetos do órgão só vão voltar depois que os problemas de falta de transparência forem solucionados.

"Não é secreto. Aquilo que tem nome, tem CPF e identidade não tem nada de secreto. É um erro (não ter transparência) e já determinei que se corrija. Inclusive na proposta que fizemos ao Ministério Público está a publicação de todos os nomes antes de voltar os programas. Estamos querendo dar toda a transparência. Foi um erro sim. Eu não to escondendo", completou o governador.

Blog Alan Gonçalves / G1

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