VÍDEO: MORADORA ENCONTRA COBRA EM VASO DA MESA DE JANTAR EM APIACÁ

Veja o vídeo

Moradora de Apiacá, no Sul do Espírito Santo, a microempresária Andreia Siqueira teve uma surpresa nada agradável ao chegar em casa na madrugada dessa quinta-feira (08/09/2022). No vaso de flor que fica em cima da mesa, ela encontrou... uma cobra.

''Para a reportagem de A Gazeta, Andreia contou que tinha saído com a família e os amigos e, ao voltar, por volta de 1h, foi até a copa pegar o carregador do celular que estava em cima da mesa. Ela só não esperava a visita ilustre''. Andreia Siqueira, Microempresária 

"Pensei que tivesse caído um galho da flor da minha mãe, que fica na mesa. Então, eu puxei, mas era o rabo da cobra".

Em seguida, a microempresária acendeu a lâmpada do cômodo para ter certeza do que achava ter visto. E, realmente, era uma cobra. “Levei um susto tremendo”, revelou.

Na residência também estavam o marido dela, Valdemir Tavares, e uma amiga, Creide Aparecida. “Ela ficou com tanto medo que foi embora e não quis ficar mais em casa”, comentou.

Para Andreia, a visita inédita pode ter vindo do pasto que fica perto da casa ou presa no carro, já que a família trabalha com venda e tem o costume de passar bastante em regiões rurais. “Espero que seja a primeira vez e a última”, completou. 

COBRA ERA VENENOSA?

Ao ver o vídeo que a moradora registrou, o biólogo João Luiz Rosetti Gasparini, fez uma análise da cobra. “Pela posição, aspecto geral e pelo tônus da musculatura, essa serpente estava morta. Ela pode ter tentado entrar nesse vaso e morreu. Não é possível ver a cabeça, o que dificulta a identificação, mas parece uma cobra d'água inofensiva”, apontou o especialista em Herpetologia – que é um ramo da ciência que estuda os anfíbios e répteis.

Com medo e sem saber o que fazer, Andreia contou que o marido dela tirou o animal do vaso de flor com uma vassoura e acabou matando-a. “Quando meu marido pegou a cobra com o cabo da vassoura, ela já estava meio zonza. Ele a jogou no pasto (que fica perto da casa)”, revelou.

Segundo a Polícia Militar Ambiental, a ação do homem não é considerada um crime ambiental, pois a intenção era proteger a integridade da família e não tinha como saber se era um animal venenoso. Entretanto, ressaltou que matar não é o recomendado, visto que o objetivo da legislação é proteger as espécies.

O QUE FAZER NESSE TIPO DE CASO?

Ainda de acordo com a corporação, o ideal é ligar para a Polícia Militar Ambiental para que ela faça o recolhimento ou, caso a pessoa tenha condições e o cuidado necessário, pegar o animal e soltá-lo na vegetação, em um local adequado.

Para o biólogo João Luiz, o correto seria usar uma vassoura ou um rodo para tentar varrer a cobra para fora da casa. Outra opção seria, com muita calma, tentar capturá-la, colocá-la em um balde e chamar a polícia. "Normalmente não é isso que acontece, porque as pessoas têm muito medo, mas é bom lembrar que o animal silvestre é protegido por lei e não deve ser morto", reforçou.

'VISITAS' PODEM SER MAIS FREQUENTES

De acordo com a Polícia Militar Ambiental, a queimada na vegetação pode ser um dos fatores para a cobra ter aparecido na casa de Andreia. A explicação é porque o animal acaba ficando sem oferta de alimentos e sem habitat; por isso, migra para a área urbana.

Outro motivo é o calor, visto que o aumento da temperatura também afasta os seres vivos dos habitats deles. Diante disso, a corporação informou que há tendências de que animais como cobras e répteis apareçam nas áreas urbanas, em casas e ruas, com mais frequência.

O biólogo João Luiz ainda afirmou que a seca, que tem atingido várias regiões do Espírito Santo, pode ocasionar a aparição não só de serpentes, mas também de outros animais silvestres, buscando locais mais frescos e que tenham água, como vasos com plantas e jardins.

Fonte: A Gazeta ES

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