ESPÍRITO SANTO REGISTROU 17 CASOS DE FEBRE MACULOSA NO PRIMEIRO SEMESTRE, DOIS DELES EM MIMOSO DO SUL


Neste primeiro semestre de 2023, Espírito Santo já registrou 17 casos de febre maculosa, onde quatro evoluíram para óbito. Na região Sul do Estado, até o momento, dois casos foram confirmados. Os pacientes são moradores de Mimoso do Sul.

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), os municípios que registraram casos da doença, no período de 1 de janeiro a 6 de julho de 2023 são: Mimoso do Sul (2), Nova Venécia (1), Colatina (2), Afonso Cláudio (2), Laranja da Terra (1), Domingos Martins (1), Barra de São Francisco (3), Vila Valério (1), Conceição da Barra (2), Sooretama (1) e Vila Pavão (1). 

E os óbitos foram em Colatina (1), Barra de São Francisco (1), Conceição da Barra (1) e Sooretama (1).

Em 2022, 25 casos foram confirmados, sendo 14 curas e 11 mortes.

Vetores e reservatórios

No Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. cajennense, A. cooperi (dubitatum) e A. aureolatum. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório, por exemplo, o carrapato do cão, Rhipicephalus sanguineus.

Os equídeos, roedores como a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), marsupiais como o gambá (Didelphys sp) e o cão têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa. Porém, não há estudos suficientes que comprovem o envolvimento destes animais como reservatórios ou amplificadores de riquétsias, assim como transportadores de carrapatos potencialmente infectados.

Modo de transmissão

Nos humanos, a febre maculosa brasileira (FMB) é adquirida pela picada do carrapato infectado com riquétsia, e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.

Nos carrapatos, a perpetuação das riquétsias é possibilitada por meio da transmissão vertical (transovariana), da transmissão estádio-estádio (transestadial) ou da transmissão através da cópula, além da possibilidade de alimentação simultânea de carrapatos infectados com não infectados em animais com suficiente riquetsemia. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses.

Fonte: Jornal Fato

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